Portal dos Músicos da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney
Recordando a Memória Litúrgica de São Pio X, que celebraremos no próximo dia 21, trazemos aos caros leitores uma reflexão do site "Canto Gregoriano no Brasil". No artigo, o autor busca demonstrar, de forma bastante resumida, o valor dado pela Igreja Católica ao Canto Gregoriano, hoje posto de lado na maioria das paróquias, substituído por músicas compostas em péssimos estilos, o que contraria não somente as regras de estética musical, mas também disposições legais da própria Igreja.
"Muitos em nossos dias, mesmo considerando-se católicos, desprezam aquele que foi definido pelo Papa São Pio X como “o canto próprio da Igreja Romana.” (Motu Próprio Tra le Sollicitude, nº 3)."
A música sacra é parte integrante da solene liturgia, visando a glória de Deus e santificação de todos os fiéis (Tra le Sollicitude, nº 1).
Para atingir seus objetivos ela “deve possuir, em grau eminente, as qualidades próprias da liturgia, e nomeadamente a santidade e a delicadeza das formas, donde resulta espontaneamente outra característica, a universalidade. Deve ser santa, e por isso excluir todo o profano não só em si mesma, mas também no modo como é desempenhada pelos executantes.
Deve ser arte verdadeira, não sendo possível que, doutra forma, exerça no ânimo dos ouvintes aquela eficácia que a Igreja se propõe obter ao admitir na sua liturgia a arte dos sons.
Mas seja, ao mesmo tempo, universal no sentido de que, embora seja permitido a cada nação admitir nas composições religiosas aquelas formas particulares, que em certo modo constituem o caráter específico da sua música própria, estas devem ser de tal maneira subordinadas aos caracteres gerais da música sacra que ninguém doutra nação, ao ouvi-las, sinta uma impressão desagradável.” (Tra le Sollicitude, nº 2).
Nesse Motu Proprio, São Pio X afirma que o canto gregoriano possui tais qualidades em mais alto grau, do que resulta ser o canto próprio da Igreja Romana. Desse modo deve ser considerado como o modelo a ser seguido pela música sacra, o que é expresso na seguinte norma estabelecida pelo Pontífice: “uma composição religiosa será tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproxima no andamento, inspiração e sabor da melodia gregoriana, e será tanto menos digna do templo quanto mais se afastar daquele modelo supremo.” (Tra le Sollicitude, nº 3).
Dispensaremos aqui a redação de uma conclusão própria e finalizaremos esse breve artigo citando as palavras do papa emérito Bento XVI, na Exortação Apostólica Sacramentum Caritatis:
“Verdadeiramente, em liturgia, não podemos dizer que tanto vale um cântico como outro; a propósito, é necessário evitar a improvisação genérica ou a introdução de géneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia.
Enquanto elemento litúrgico, o canto deve integrar-se na forma própria da celebração; consequentemente, tudo — no texto, na melodia, na execução — deve corresponder ao sentido do mistério celebrado, às várias partes do rito e aos diferentes tempos litúrgicos. Enfim (…), desejo — como foi pedido pelos padres sinodais — que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana.” (Sacramentum Caritatis, nº 42).
https://cantogregoriano.com.br/canto-gregoriano-a-musica-sacra-por-excelencia/
Como poderia Cristo separar da Sua glória e da Sua ressurreição aquela que cujo coração também foi transpassado por uma espada de dor na Cruz? “Cor Mariae Dulcissimum, iter para tutum”, Coração Dulcíssimo de Maria, dá força e segurança ao nosso caminho na terra: sê tu mesma o nosso caminho, porque tu conheces as vias e os atalhos certos que, por meio do teu amor, levam ao amor de Jesus Cristo. [1]
Para ir para o Céu devemos aprender a andar por onde andou Maria. E como Ela viveu? O Magnificat ajuda a encontrar respostas:
(a) viveu uma fé obediente que fazia, como ouvimos no Evangelho, com que Deus fosse grande em sua vida, com que Deus ocupasse toda a sua vida! Maria não teve medo de ser toda de Deus;
(b) viveu a Palavra de Deus, a ponto que no seu cântico encontramos vários trechos do Antigo Testamento, próprio de quem ama as Sagradas Escrituras. Subiu ao céu nossa advogada, para que, como a Mãe do Juiz e a Mãe de Misericórdia, trate de nossa salvação.
S. Bernardo, Homilia na Assunção da Virgem Maria, 1, in CARVAJAL, Padre Francisco Fernández, Solemnidad de la Asunción de la Virgen María. Vejamos o final feliz da vida terrestre de Maria e isso nos dará força para ser fiel cada dia! Contemplando Aquela que já está na glória de Cristo nos encheremos de esperança e de vontade de sermos santos.
Esta festa nos enche de desejo de caminhar nos caminhos da santidade. Deve nos encher de bons propósitos para uma vida nova. E assim encontraremos força para dizer “sim” a Deus todos os dias e rejeitar os dragões que avança com fúria contra à Igreja. Olhai Maria e encontrará o caminho seguro para os braços do Senhor!
Hoje é dia de retomarmos ou de nos reanimarmos nas práticas de devoção mariana. A oração do Santo Terço, do Ângelus, e outras orações à Virgem Maria nos fará muito bem para crescer na fé.
Na ladainha Maria é invocada como “Porta do Céu”, não só porque ela nos aguarda lá, mas porque nos ajuda a caminhar na estrada que nos leva para o Céu. Que Maria, hoje elevada aos céus, nos ajude a viver esta vida como caminhada para Deus!
[1] S. Josemaria Escrivá, É Cristo que passa, n. 178
(Pe. Anderson Santana Cunha)
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