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História do Santo Rosário



Ave Maria - Rachmaninoff - Estonian Philharmonic Chamber Choir


Todas as vezes que e inicia o mês de outubro, nos vem em mente os diversos títulos de Nossa Senhora. Assim não se apegando ao título da Virgem do Rosário ou Nossa Senhora de Fátima, de Lourdes ou de Aparecida, esse mês é uma grande ocasião para refexãp sobre a principal devoção mariana que é o Santo Rosário.


Esta devoção tão cara para nós católicos tardou séculos para ser plasmada. Antes de mais nada foi necessário surgir a oração da Ave-Maria para que o terço pudesse ser idealizado. O surgimento da Ave-Maria foi, por sua vez, decorrência do desejo dos fiéis católicos de honrar de alguma maneira Nossa Senhora. A oração mais antiga que se conhece dirigida à Virgem Santíssima é o “Sub tuum praesidium Sancta Dei Genetrix”, “À vossa proteção nos recorremos, Santa Mãe de Deus”. Com relação à Ave-Maria, pelo que se sabe, por volta do ano 600 já era rezada a sua primeira parte. Posteriormente, entre os séculos X e XI foi acrescentado o nome de Jesus ao final da oração. A segunda parte da Ave-Maria surgirá no século XIII, juntamente com o terço, tendo um papel importante São Domingos de Gusmão 1170-1221).


Este santo foi um sacerdote espanhol, fundador da ordem dos dominicanos ou pregadores. Num determinado momento da sua vida decidiu ir à França para lutar contra a heresia albigense. Esta heresia, entre outros erros, ensinava que havia dois deuses: um bom e um mau. São Domingos se empenhou no combate desta heresia, mas, no início, não conseguiu grandes frutos.


Segundo uma antiga tradição, no ano de 1208, foi a um bosque chorar, rezar e suplicar a Nossa Senhora para que mostrasse uma arma espiritual eficaz para vencer aquela batalha. Depois do terceiro dia que estava em oração, Nossa Senhora apareceu-lhe acompanhada de três anjos e disse a São Domingos:


"Querido Domingos, você sabe qual é a arma que a Santíssima Trindade quer usar para mudar o mundo? A resposta de São Domingos foi que ela sabia melhor que ele. Então Nossa Senhora lhe disse:

Quero que saiba que neste tipo de guerra a arma sempre foi o Saltério Angélico (palavras do Arcanjo Gabriel a Nossa Senhora na Anunciação), que é a pedra fundamental do Novo Testamento. Portanto, se você quer converter estas almas endurecidas e ganhá-las para Deus, difunda o meu saltério."

Conta-se que Nossa Senhora, então, mostrou o terço para São Domingos, com as 50 Ave-Marias, que passou a ser conhecido como Saltério da Bem-Aventurada Virgem Maria. A partir daí São Domingos começou a espalhar esta devoção, encontrando eco nos fiéis católicos que não sabiam ler e queriam de alguma maneira imitar os monges que recitavam os 150 Salmos da Bíblia.


Passado um tempo, como esta devoção veio a languidescer, Nossa Senhora apareceu ao beato Alano de Rupe (1428-1475), também da ordem de São Domingos, e lhe pediu para avivá-la novamente. Nossa Senhora lhe disse que seriam necessários volumes imensos para registrar todos os milagres obtidos por meio do terço e reiterou as promessas feitas a São Domingos de Gusmão. Inspirado pela Mãe de Deus, Alano criou as agrupações de 50 Ave-Marias conhecidas como Mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Acrescentou também os Pai-Nossos no início de cada dezena. Surgia assim o Rosário como nós conhecemos hoje, com a diferença da inclusão recente dos Mistérios Luminosos pelo papa João Paulo II


Um marco importante na história do terço: a batalha de Lepanto


A batalha de Lepanto deu-se no dia 7 de outubro de 1571 e teve como finalidade conter o avanço turco na Europa. Os cristãos, incentivados pelo Papa Pio V, estavam sob o comando de Juan de Áustria. A esquadra cristã, composta de aproximadamente 200 embarcações, teve de enfrentar-se com uma frota adversária ligeiramente superior.


O papa esteve preparando esta batalha ao longo de vários anos, procurando formar uma união de católicos que se dispusessem a conter este avanço. No dia 14 de setembro de 1569 publicou um documento chamado Carta Breve Consueverunt, onde recomendava a oração do Rosário por parte dos católicos, vendo nela um presságio da vitória.


Dois anos depois se travou o combate que durou apenas um dia, com a vitória dos católicos. No final da luta, Nossa Senhora apareceu diante do papa Pio V, que estava em Roma, para lhe comunicar a boa notícia. Com grande alegria o papa instituiu neste dia, 7 de outubro, a festa de Nossa Senhora do Rosário, com a certeza de que foi através da oração do Rosário recitada por tantos fiéis ao longo de dois anos que propiciou a vitória nesta batalha tão decisiva para a cristandade. A partir desta data o rosário passará a ser conhecido como “arma poderosa”, a arma por excelência dos católicos para vencerem todos os inimigos.


Fonte: Opus Dei

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