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A Páscoa de Cristo e a Nossa - D. Fernando Rifan


stamos na Semana Santa, a mais importante do ano litúrgico, memória dos últimos acontecimentos da vida de Jesus, sua Paixão, Morte na Cruz e sua Ressurreição, a nossa Páscoa.


Nessa pandemia e sofrimento generalizado, vale a pena refletir sobre o valor do sofrimento, inerente à nossa condição humana, preço da nossa finitude e, também, dos nossos pecados. Jesus foi o nosso exemplo, abraçando a sua cruz por amor.

Há dois modos de receber as inevitáveis cruzes. Um dos ladrões crucificados com Jesus, Gestas, blasfemava contra Deus e injuriava a Jesus. Revoltado, não aceitou a sua cruz. E assim terminou muito mal os seus dias. O outro ladrão, também crucificado, Dimas, aceitou a cruz como penitência e pediu: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino’. Ele lhe respondeu: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23 39-43).


O Papa Francisco, na sua mensagem de Páscoa (Urbi et Orbi 2020), fez essa reflexão: “O Ressuscitado é o Crucificado; e não outra pessoa. Indeléveis no seu corpo glorioso, traz as chagas: feridas que se tornaram frestas de esperança. Para Ele, voltamos o nosso olhar para que sare as feridas da humanidade atribulada”.


“Hoje penso sobretudo em quantos foram atingidos diretamente pelo coronavírus: os doentes, os que morreram e os familiares que choram a partida dos seus queridos e por vezes sem conseguir sequer dizer-lhes o último adeus. O Senhor da vida acolha junto de Si no seu Reino os falecidos e dê conforto e esperança a quem ainda está na prova, especialmente aos idosos e às pessoas sem ninguém. Não deixe faltar a sua consolação e os auxílios necessários a quem se encontra em condições de particular vulnerabilidade, como aqueles que trabalham nas casas de cura ou vivem nos quartéis e nas prisões”.


“Para muitos, é uma Páscoa de solidão, vivida entre lutos e tantos incômodos que a pandemia está causando, desde os sofrimentos físicos até aos problemas econômicos. Esta epidemia não nos privou apenas dos afetos, mas também da possibilidade de recorrer pessoalmente à consolação que brota dos Sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação. Em muitos países, não foi possível aceder a eles, mas o Senhor não nos deixou sozinhos! Permanecendo unidos na oração, temos a certeza de que Ele colocou sobre nós a sua mão (cf. Sal 139/138, 5), repetindo a cada um com veemência: Não tenhas medo! Ressuscitei e estou contigo para sempre”.


“Jesus, nossa Páscoa, dê força e esperança aos médicos e enfermeiros, que por todo o lado oferecem um testemunho de solicitude e amor ao próximo até ao extremo das forças e, por vezes, até ao sacrifício da própria saúde. Para eles, bem como para quantos trabalham assiduamente para garantir os serviços essenciais necessários à convivência civil, para as forças da ordem e os militares que em muitos países contribuíram para aliviar as dificuldades e tribulações da população, vai a nossa saudação afetuosa juntamente com a nossa gratidão”.


D. Fernando Rifan

Bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

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