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02 de Novembro - Comemoração de Todos os Fiéis Defuntos



Por Dom Beda Keckeisen, OSB

Muitas vezes, em suas Orações, lembra-se a Santa Igreja dos irmãos que já passaram desta vida para a eternidade, daqueles que ainda sofrem e se purificam de suas faltas, imperfeições e penas dos pecados. Por maior que seta a solenidade nunca se esquece deles nos Ofícios divinos e no Saulo Sacrifício da Missa. No dia dedicado especialmente a memória dos Finados, todos os Sacerdotes celebram três Missas.

No dia da morte, no terceiro, no sétimo, no trigésimo dia e no aniversário, podem ser ditas Missas por alma do defunto, excetuando-se os dias e as (estas de maior solenidade.

Em dias simples ou festas menores, podem ser ditas Missas de defuntos chamadas Cotidianas. Predominam nestas Missas pelos mortos, dois pensamentos principais:

1. a fé na ressurreição da carne (Introito. Epistola, Gradual, Evangelho e Prefácio).

2. o zelo pelas almas, pela libertação de suas penas (Oração, Trato, Sequência e Ofertório).

O melhor meio de se ajudar a uma alma é mandar celebrar a Santa Missa ou assistí-la em sua intenção.

Jesus, o Sumo Sacerdote, se oferece pela alma de uma maneira mística, para que sejam apagadas as suas culpas, mitigadas as suas dores e para que ela alcance a luz perpétua, a visão beatifica de Deus.

Algumas particularidades destas Missas

Nas Missas dos defuntos exprime-se de maneira tocante o seu caráter de tristeza, dor e compaixão, não só nos textos como nas cerimônias e nos paramentos que são pretos.

Omite-se tudo quanto exprime alegria: o Salmo judica me, o Glória Patri, o Glória in excelsis, o Aleluia e o Credo. Não se incensa o altar antes do lntroito, nem o livro e a assembléia depois do Ofertório. No fim do Agnus Dei em lugar de: Miserére nobis, diz-se:Dona eis réquiem.

Omite-se ainda o ósculo da paz e a Oração que o precede; no fim da Missa não se diz Ite missa est, mas Requiéscant in pace, e o Celebrante não dá a bênção. E Nas Missas solenes o subdiácono não recebe a bênção depois da Epístola nem o diácono, antes do Evangelho. Este é cantado sem luz e sem incenso e no fim o Sacerdote não oscula o livro.

In: Missal Quotidiano, p. [165]

Nota do Ordo Litúrgico - Novembro

Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney

2. Indulgências.

a) Aos que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos, concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: diariamente, do dia 1.° ao dia 8 de novembro, nas condições costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. Nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial (Enchir. Indul., n. 13).

b) Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios públicos ou semipúblicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos defuntos: a obra que se prescreve é a piedosa visitação à igreja, durante a qual se deve rezar o Pai Nosso e o Credo, confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e uma Ave Maria, ou qualquer outra oração ad libitum).


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