SÃO JOSÉ, ESPOSO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, PADROEIRO DA IGREJA II
SÃO JOSÉ, ESPOSO DA SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, PADROEIRO DA IGREJA
1ª Classe – Paramentos Brancos
Epístola: Livro do Eclesiástico 45, 1-6.
Amado de Deus e dos homens, a sua memória é abençoada. Deu-lhe uma glória igual à dos santos, tornou-o grande e temível aos inimigos, e à voz da sua palavra cessaram os castigos. Glorificou-o na presença dos reis, preceituou-lhe a Lei para o seu povo, e deixou-lhe ver um vislumbre da sua glória. Pela sua fé e pela sua mansidão, consagrou-o e escolheu-o de entre todos os homens. Fez que ele ouvisse a sua voz, e introduziu-o na nuvem. Deu-lhe, face a face, os mandamentos, como lei da vida e modo de a levar.
Evangelho de Nosso Jesus Cristo segundo São Mateus 1, 18-21.
Estando Maria, Mãe de Jesus, desposada com José, aconteceu que ela, antes de coabitarem, concebeu por obra do Espírito Santo. José, seu esposo, que era justo e não a queria difamar, resolveu deixá-la secretamente. Ora, andando ele com isto no pensamento, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos, dizendo: “José, filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria como tua esposa, porque o que nela foi concebido é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um Filho, a Quem porás o nome de Jesus, porque é Ele que salvará o seu povo dos seus pecados.”
Traduções das leituras extraídas do Missal Quotidiano por Pe. Gaspar Lefebvre OSB (beneditino da Abadia de Santo André) – Bruges, Bélgica: Biblica, 1963 (com adaptações).
Comentário ao Evangelho do dia: Bento XVI, Papa de 2005 a 2013
São José, modelo de escuta.
O seu silêncio [o de São José, n.d.r.] é permeado de contemplação do mistério de Deus, em atitude de total disponibilidade à vontade divina. Em síntese, o silêncio de São José não manifesta um vazio interior mas, ao contrário, a plenitude de fé que ele traz no coração, e que orienta todos os seus pensamentos e todas as suas ações. Um silêncio graças ao qual José, em uníssono com Maria, conserva a Palavra de Deus, conhecida através das Sagradas Escrituras, comparando-a continuamente com os acontecimentos da vida de Jesus; um silêncio impregnado de oração constante, de oração de bênção do Senhor, de adoração da sua santa vontade e de confiança sem reservas na sua providência. Não se exagera, se se pensa que precisamente do “pai” José, Jesus adquiriu no plano humano aquela vigorosa interioridade, que é o pressuposto da justiça autêntica, da “justiça superior”, que um dia Ele ensinará aos seus discípulos (cf. Mt 5, 20).
Deixemo-nos “contagiar” pelo silêncio de São José! Temos tanta necessidade disto, num mundo muitas vezes demasiado ruidoso, que não favorece o recolhimento, nem a escuta da voz de Deus.
Trecho da Alocução para o Ângelus de 18/12/2005 (texto original no site do Vaticano, referenciado pelo site Per Ipsum)