Hinário "Cantate Domino - Tempo Pascal"
Hinário "Cantate Domino - Tempo Pascal"
Publicamos hoje, atendendo a uma enorme expectativa, o fascículo "Hinário - Tempo Pascal". Todo esse trabalho foi feito pensando nos coros paroquiais, nos músicos e em todas as pessoas que, de alguma forma, auxiliam no Canto Litúrgico. O material foi elaborado, principalmente, como subsídio para todas as missas desde a "Oitava de Páscoa" até a Festa de Pentecostes. No campo espiritual, desejamos, também, que os músicos possam se aprofundar nas questões litúrgicas, para que o canto seja na prática a liturgia vivida com fervor e zelo. Assim, encerrada a celebração do Tríduo Pascal, entraremos no Ciclo Litúrgico de páscoa, que se seguirá por 50 dias até a Solenidade de Pentecostes. "É importante não esquecermos alguns símbolos, atitudes e ações rituais que marcam o período da páscoa, como o prolongamento da mesma" lembrando os seguintes pontos: 1 - Olhemos para o Círio Pascal, que durante os cinquenta dias da páscoa estará no centro da liturgia, como sinal do Cristo vivo, ressuscitado, luz de nossas vidas. Há de se pensar nos cantos apropriados, por exemplo, quando o Círio é incensado no início de cerimônia solene. O canto gregoriano, como mandam as rubricas, deve prevalecer sobre o canto popular ou polifônico.
2 - No Tempo Pascal cantamos “aleluia” de forma vibrante. O coro deve imprimir nesse canto a significação do "cântico novo" da vitória de Nosso Senhor Jesus Cristo sobre a morte, com a sua ressurreição gloriosa. No hinário do Tempo Pascal, temos então, os "Alleluias" nas versões latim e vernáculo, para que todos entendam o sentido dos textos e cantem solenemente o que eles representam. 3 - Também, no Tempo Pascal, o rito da aspersão da água traz à nossa memória as promessas do nosso batismo. Sábia em seus ensinamentos, a Igreja nos apresenta os textos de Ezequiel 47, 9 e Salmo 117, 1 - Trata-se do "Vidi Aquam", que substitui o canto do "Asperges":
" Vidi aquam egredientem de templo a latere dextro, alleluia; et omnes, ad quos pervenit aqua ista salvi facti sunt, et dicent, alleluia"
"Eu vi a água brotar do lado direito do templo, aleluia; e todos aqueles que alcançarem esta água serão salvos e dirão, aleluia."
Padre Renan Damaso, que é Diretor da Comissão de Música Sacra de nossa Administração Apostólica, recomenda o uso desse canto, um pouco esquecido nos últimos tempos.
Conclusão: nos domingos do Tempo Pascal devemos nos esforçar para entender o sentido especial dos textos apresentados da vida de Jesus após o seu glorioso martírio, passando pelo dia da Ascensão à vinda do Paráclito. Cabe a nós, como músicos, atentar para orientações litúrgicas sobre o canto e entender os limites dessa relação do coro com o celebrante, para que o coro seja servidor e o canto não sobressaia à celebração. Jesus Ressuscitado está no centro das atenções, o sacerdote é seu representante, o coro e fiéis os participantes da Liturgia.
Que possamos dar o melhor do nosso canto, preparando os nossos corações e de todos os fiéis para celebrar desde a Páscoa até Pentecostes os Mistérios da nossa Fé Católica.