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Primeiro Domingo do Advento




"O Senhor dará a sua bênção, e a nossa terra dará o seu fruto."


A terra abençoada de que nos fala a Communio, é Maria Santíssima. Ela nos deu o fruto abençoado de suas entranhas. Por isso estamos reunidos, ao menos em espírito, em sua igreja. (Statio). Compenetrados das palavras do Evangelho: “Erguei as vossas cabeças, porque se aproxima a vossa Redenção… Sabei que perto está o Reino de Deus”, voltamo-nos no começo do Ano eclesiástico para Deus, com toda a alma (Introito).


Nossa Redenção é obra da bondade de Deus (Oração), mas também o é de nossa cooperação, conforme nos diz St. Agostinho: “Aquele que te criou sem ti, não te salvará sem ti”. Esta cooperação consiste em “levantarmo-nos do sono, renunciarmos às trevas e revestirmo-nos do Senhor Jesus Cristo” (Epístola). Unindo, no Ofertório, estas resoluções ao sacrifício de Jesus Cristo, receberemos na Comunhão a bênção de Deus e tornar-nos-emos uma terra abençoada que há de produzir abundantes frutos para a vida cristã.




Hinário de Advento: Clique na Imagem


No Introito (Sl 24, 1-3 | ib., 4) o Salmista nos convida a elevarmos a nossa alma a Deus, pedindo que nos mostre o caminho, a despeito de nossos inimigos, que zombam do vigor de nossa fé: "A Vós, elevo a minha alma: ó meu Deus, em Vós confio; não serei envergonhado. Não se riam de mim os meus inimigos, porque todos os que em Vós esperam não serão confundidos. Mostrai-me, Senhor, os vossos caminhos e ensinai-me as vossas veredas."


Dom Henrique Soares da Costa (in memoriam) nos ensina que a Santa Missa deste início do novo Ano Litúrgico, o Tempo do Advento, é um prenuncio, uma mensagem, para nos prepararmos para o Natal do Senhor. "Durante este novo ano, aos domingos, escutaremos sempre trechos do Evangelho segundo Lucas."


Frei Fidêncio - Portal Franciscamos, afirma que "Em síntese, o Evangelho de Lucas retrata o olhar de um discípulo que contempla Jesus e o apresenta em forma didática, destacando o mistério da Encarnação e da infância de Jesus e a sua ação evangelizadora através das curas e parábolas, e ainda apresenta o mistério da paixão, morte, ressurreição e ascensão de Cristo. Com este Cristo a Igreja quer caminhar ao longo do Ano Litúrgico."


"E nesta primeira Missa deste novo tempo, a Igreja, no missal, coloca as palavras do salmo 24, que foram lidas há pouco: “A vós, meu Deus, elevo a minha alma”… A Igreja ergue os olhos, o coração, a alma para o Senhor, reconhecendo-se pobre, pequena e necessitada. “Confio em vós, que eu não seja envergonhado!” Estas palavras, exprimem qual deva ser nossa atitude neste santo Advento: atitude de quem se reconhece necessitado de um Salvador; de quem se sabe pequeno e incapaz de caminhar sozinho! A humanidade, sozinha, não chega à plenitude, não encontra a felicidade: precisamos que Deus venha e nos estenda a mão, que ele nos eleve e nos salve!."


A Obra da Salvação: " O Advento nos faz pensar que um dia o Senhor virá em sua glória para levar à plenitude sua obra de salvação. É um tempo de vigilância, de súplica, de alegre esperança no Senhor que vem: veio em Belém, vem no mistério celebrado no Natal, virá no final dos tempos e vem a cada dia, nos grandes e pequenos momentos, nos sorrisos e nas lágrimas. A liturgia nos ajuda a viver bem este tempo com símbolos próprios desta época: a cor roxa, que significa sobriedade e vigilância; o “Glória”, que não será rezado na Missa, para recordar que estamos nos preparando para cantá-lo a plenos pulmões no Natal; a ornamentação sóbria da igreja; a coroa do Advento, que abençoamos no início desta celebração; as leituras e cânticos tão comoventes, sempre pedindo a graça da Vinda do Senhor; a memória dos personagens que nos ensinam a esperar o Messias: Isaías, João Batista, Isabel e Zacarias, José e, sobretudo, a Virgem Maria."


Meditação no Mistérios da Fé - A incarnação do Verbo: Neste tempo, cuidemos de meditar mais na Palavra de Deus, tanto nas leituras da Missa diária quanto no livro do Profeta Isaías. Procuremos também o Sacramento da Confissão. Abramos nosso coração Àquele que vem! No Evangelho deste domingo, o Senhor nos recorda a necessidade da vigilância: “Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse Dia não caia de repente sobre vós; pois esse Dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes da terra. Portanto, ficai atentos!” Aquele cuja vinda celebraremos no Natal, cuja vinda esperamos no final dos tempos, vem a nós constantemente! Somente numa atitude de oração e vigilância, de sobriedade e de expectativa amorosa, é que poderemos reconhecê-lo e acolhê-lo.


Prepararação para o Natal: "É preciso que compreendamos que este Dia final que o Senhor nos prepara – Dia da sua Vinda, da sua Manifestação, da sua Aparição – será Dia de salvação: “Eis que virão dias em que farei cumprir as promessas de bens futuros… Naqueles dias, farei brotar de Davi a semente de justiça… e Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante”. Deus nunca pensou o mal para nós! Mas é necessário que nos abramos para o Bem que o Senhor nos prepara; este Bem é Aquele que veio em Belém, que nos vem em cada Eucaristia e que nos virá no final de tudo: “este é o nome com que será chamado: Senhor-nossa-justiça”. Este Bem é Jesus-Salvador!


Por isso mesmo, o evangelho nos convida a buscar a santidade aos olhos de Deus, nosso Pai, preparando-nos para “o Dia da vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos” e nos pede insistentemente que façamos “progressos ainda maiores”.








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