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Tríduo Sacro - Reflexão - Pe. Renan Damaso



Estamos às portas dos três dias mais sagrados de nossa santa liturgia, dias que exigem de nós ministros, servidores e colaboradores do serviço sagrado uma grande, profunda e atenta dedicação. O canto sacro nesses dias ganha um lugar mais que especial, ao parecer mais brilhar e envolver a todos, elevando-nos às alturas divinas. Para não corremos o risco de cantar para outros apenas, como que simplesmente fazendo uma apresentação, recordemos das exigências profundas das celebrações desses dias.



Quinta Feira Santa

A Quinta-feira Santa nos faz vivenciar uma alegria especial, a preciosidade dos paramentos, o toque festivo do órgão, o canto do Glória com o repicar dos sinos é um alerta à Presença de Jesus: na Eucaristia a sua Presença é real.


“Poderá viver a Esposa amada sem a presença do seu Amado”?

Eis a alegria da Igreja, eis a nossa alegria que nos conduz à mais profunda gratidão. Alegria ainda porque Jesus está vivo entre nós e nos fala pelos seus sacerdotes. Alegria porque sendo Ele Mestre e Senhor se abaixou tanto para nos ensinar a forma mais plena de viver: amando os irmãos. Que os cantos executados nesse dia possam ser uma manifestação viva da nossa fé na Eucaristia, da nossa gratidão e oração pelos sacerdotes que Deus nos concedeu e, por fim, uma súplica ardente, para que saibamos amar como Jesus.


Sexta Feira Santa

A Sexta-feira Santa é consagrada à comemoração da santa morte do Nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso tudo, nesse dia, exprime-se o luto da Igreja. A austeridade dos ritos, a cor dos paramentos, o vazio do altar, os instrumentos musicais calados por completo, tudo isso parece gritar aos nossos sentidos que Jesus nosso Mestre morreu, e de morte tão dolorosa. Parecia Ele na sua Paixão e Morte ser o pior dos criminosos, o mais terrível malfeitor dos homens, quando na verdade, eram os nossos crimes que Ele carregava. Foi por nós, pela nossa salvação! Que a tristeza e luto desse dia nos conduza à contrição, ao arrependimento dos nossos pecados. Que cada canto executado nesse dia seja um pedido de perdão, um grito por misericórdia.


Sábado Santo

O Sábado Santo nos devolve a mais pura alegria. São as trevas derrotadas, o esplendor da Luz; são as manchas do pecado, que lavadas nas águas mais limpas da graça de Cristo, faz de cada batizado uma nova criatura; são as lágrimas da dor transformadas em cantos de festa e em gritos de “Alleluia”. A morte foi derrotada, Cristo ressuscitou! Eis a Esperança e a grandiosidade da alegria nessa cerimônia anunciada. No contraste do luto inicial e o esplendor a partir do canto do Glória, faz com que todos os nossos sentidos vivenciem uma profunda alegria. Que os sinais externos e estéticos da beleza e da alegria, em especial o canto tão belo dessa noite, nos faça experimentar a Esperança mais profunda: Cristo ressuscitou e n'Ele também nós temos a certeza de uma vida nova.


Pe. Renan Damaso

Diretor da Comissão de Música Sacra

Administração Apostólica Pessoal S. João Maria Vianney







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